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O almejo pela formação de uma identidade cultural para o Brasil contemporâneo é motivo de debates por intelectuais de todo o país, que baseiam-se em argumentos e posições variadas sobre o assunto. O fator de sermos um Estado-Nação com características geográficas continentais torna relativa a formação de uma identificação nacional, que possui culturas de diversas características do oiapoque ao chui.
A história da formação do Brasil torna-se um empecilho para a idealização de uma identidade única do povo, pois, ao considerarmos a conjuntura de que o Brasil foi um país colônia, a construção de nossa população é extremamente diversificada e baseada em um multiculturalismo mundial, com imigrantes advindos de Europa e Ásia.
A formação de uma camada cultural brasileira calhou-se tardia, fundamentada pela lenta formação de uma população que realmente considerava-se brasileira de fato. O início de um esboço de cultura brasileira com representação nacional é esboçado na primeira metade do século XX, com a formação da vanguarda modernista brasileira, composta por artistas Oswald de Andrade e Manuel Bandeira, que intentavam em uma renovação artística brasileira, menos dependente dos movimentos europeus.
A variação de culturas enraizadas ao redor do país, gerada pela múltipla colonização, gera diferenças imutáveis, como é perceptível ao se comprar o povo do Rio Grande do Sul ao povo da Bahia, totalmente divergentes. A vastidão de nosso país gera desconformidades que não devem ser combatidas, mas aceitas e trabalhadas para um orgulho nacional.
Ao compararmos a diversidade populacional e tamanho geográfico de nossa nação, somos semelhante aos Estados Unidos da América, que possui uma população tão divergente como a nossa. Através da descentralização política de poder, os EUA concedem a cada Estado uma autonomia para trabalhar dentro da cultura vigente em seu território, diferente ao que ocorre no Brasil, cujo poder político está extremamente centralizado no poder federal. A centralização política gera o descontentamento da população, que fica submetida a uma única política para um povo diversificado, gerando descontentamento e até mesmo movimentos separatistas, como ocorre no sul do Brasil, área que mais se difere em relação ao restante da população, o que prejudica o “Orgulho de ser brasileiro”.
Por todos estes aspectos é necessária uma mudança em relação a atuação governamental atual, cujo foco é a formação de uma única identidade brasileira. A maior independência e investimento nas diversas culturas brasileiras, e não a tentativa de unificação das mesmas,e maior independência as diversas regiões no Brasil apresentam-se como a melhor forma para se forme o tão almejado orgulho nacional.
