A obra O Banquete, de Platão, narra um simpósio, nome dado às ocasiões em que, nomes notórios se reuniam para comer e principalmente beber e discutir ideias.
O Banquete, de Platão
No banquete relatado por Platão, foi proposto o diálogo sobre Eros, o amor. Cada eloquente discursou sua opinião sobre o seu significado:
. para Fedro, o primeiro a discursar, o amor (Eros) é sacrifício, pois somente aqueles que são motivados pelo amor são capazes de grandes feitos. É o "morrer por amor".
. para Pausânias, o segundo orador, o amor (Eros) não é único: o Eros Celeste é o amor a justiça, a Beleza e ao Bem e portanto, associado às almas elevadas, enquanto o Eros Vulgar é aliado do capricho da matéria e pertinente à satisfação do corpo.
. para Erixímaco, o terceiro a falar, o amor pertence a natureza e se encontra na convivência entre contrários, isto é, encontra-se o amor (Eros) no justo equilíbrio entre as necessidades da alma (mundo espiritual) e do corpo (mundo físico).
. para Aristófanes, o quarto orador, o amor (Eros) está na busca de si mesmo. Discorre sobre o mito da androgenia: inicialmente existiam três gêneros de humanos, homem-homem, mulher-mulher e homem-mulher (andrógino), que sofreram uma separação, uma mutilação e que, por isso, por amor, buscam ser completos novamente.
Vale lembrar que foram sete os notórios a discursar, incluindo o filósofo Sócrates, para quem o amor é desejo por alguém ou algo que não se tem, que não se possui. Ama-se o que faz em falta, deseja-se o que não se possui.
Podemos concordar com cada orador? Será que o amor transcende uma única explicação? Certo é que todos somos capazes de encarnar as diferentes faces de Eros.
Bons estudos!
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